30.4.17

A Língua Portuguesa é linda sem make-up. Got it!

Não sei se o leitor já reparou, mas a Marine Le Pen é aquela vilã do filme Coraline E A Porta Secreta. Uns já sabem do que a casa gasta e não votam em extremistas para dominar um país. Outros infelizmente só se aperceberão da sua tirania quando eles começarem a coser botões no lugar dos olhos. O problema é que pode ser tarde demais quando isso acontecer. Eu gosto de pensar que os franceses inicialmente votaram na Le Pen para mostrar descontentamento pelos atentados e querem que o próximo líder político seja capaz de tomar medidas radicais para acabar com o terrorismo. Mas no final, elegem alguém que não ajude o Trump a mandar o mundo pelos ares. Embora não confie no mundo, espero estar certo. Logo veremos. Entretanto, vamos falar de Língua Portuguesa.


Há um tempo atrás, dediquei um texto e um vídeo a explicar o quão parvo é o Novo Acordo Ortográfico. Na verdade, tudo o que é boa gente já perdeu tempo a provar o quão estúpido é, por exemplo, retirar as consoantes surdas. Respeitem as consoantes! A palavra arquitectas, perdeu o "c", ficou arquitetas. Arquitetas! Ora, assim como o arqui-inimigo é o maior inimigo, as arquitetas são as maiores tetas. As maiores tetas! Se o leitor alguma vez for à Biblioteca Municipal de Lousada requisitar um livro sobre as arquitetas de Lousada, na ânsia de contemplar enormes seios, uma tamanha pujança de chicha lousadense, desengane-se. Apenas irá deslumbrar mulheres lousadenses amantes da arquitectura. E não valerá a pena contestar. Falo por experiência própria. De maneiras que é por isto, e não só, que eu não escrevo de acordo com o Novo Acordo Ortográfico (que se juntarmos as iniciais equivale a NAO). Enfim, idiossincrasias da vida.

Além disso, os portugueses também têm dificuldade em escrever correctamente. Os portugueses nem sequer conseguem insultar direito. Eu vou focar-me nesta segunda contestação. A primeira levaria muito tempo, dado que os exemplos de palavras escritas incorrectamente são ilimitados. Aliás, já vários escritores se dedicaram a corrigir a população e não deu em nada. Por isso, vamos concentrar-nos explicitamente no "fodasse". O "fodasse" não existe. Quem contesta um "fodasse!" nas redes sociais está a exprimir uma obscenidade, e, ao mesmo tempo, está também a cometer um erro ortográfico. Ou seja, está a ser mal-educado e mal-educado. Segundo as leis da matemática, mal-educado com mal-educado equivale a bem-educado. Por outro lado, mal-educado com mal-educado pode culminar num cenário duplo de má educação, elevando o mal-educado à condição superlativa de péssimo-educado. Em ambos os casos, o autor falha redondamente no seu objectivo de ser mal-educado. É parvo. Um objectivo tão simples. Se é para praticar indecência, pratiquem-na correctamente. Respeitem o calão! A segunda pessoa do plural já todos sabemos que não respeitam. Preferem uma terceira improvisada. Nunca percebi a razão pela qual preferem um banal "vocês querem", em vez de um sofisticado "vós quereis". Portugal sempre gostou de admirar o estrangeiro, mas essa paixão pelo Brasil (que também se manifesta no gosto musical) começa a irritar. Andou o D.Afonso Henriques envolvido em desacatos com a sua mãe para isto? Pelas barbas de Camões, a língua portuguesa é a melhor de todas as línguas! No que concerne à espectacularidade linguística, somos os maiores. Mas como qualquer língua, também a nossa merece ser tratada com amor. Amizade, vá.

Nota: o título desta crónica foi inspirado num dos maiores poemas de um poeta magnífico. Intitula-se Agir (muita criatividade no processo de nomenclatura. Até porque escreve-se sem acento, mas lê-se com acento. Maravilhoso) e é o autor de versos como: "Ela é perfeita e quando se deita não precisa de make-up". Isto não só é fascinante como também é pedagógico, dando uma bela lição às pessoas que teimam em dormir maquilhadas. Nem acredito como é que esta música não está incluída na banda sonora da recente sequela de Guardiões Da Galáxia. Se ver uma batalha espacial ao som dos Electric Light Orchestra em IMAX 3D foi um regalo para os meus olhos e ouvidos, nem consigo imaginar como seria ver o Groot a dançar ao ritmo deste colossal artista português. A minha parte favorita é: "Sem rímel, sem, sem batom, ela foi abençoada, yeah / Com o olhar, com o dom de parar o trânsito da estrada". Ah! Quem me dera encontrar uma jovem com semelhantes características. Esta utópica mulher até poderia estar repleta de ramelas nos olhos. Desde que isso terminasse com a sinistralidade rodoviária... As vidas que ela iria salvar... O tempo que eu iria economizar... Got it!

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