11.2.17

O flagelo dos forrobodós

Primeira crónica "humorística" no blog, bem-vindos! 

Irão notar que este blog é ideal para enfrentar os dias chuvosos, como o sábado passado em que o Porto passou para primeiro lugar na classificação. De certeza que Deus é benfiquista (ou sportinguista), ou então só gosta de mostrar quem manda. Mais uma razão para ser ateu. Bom, vamos lá terminar com esta baderna e começar isto.


Uma calorosa saudação para vocês amigos! Está um frio desgraçado, a malta está cheia de frio, a malta só fala do frio, e um porco e um javali praticaram forrobodós.
Antes de mais, duas coisas a reter: a natureza é parva; e os cientistas são chalupinhas.

A natureza é parva porque as tartarugas respiram pelo rabo, os touros nascem benfiquistas, e um dos momentos mais constrangedores da história deu-se quando o homem tirou leite de uma vaca e depois teve de explicar que descobriu isso enquanto lhe afiambrava fervorosamente as tetas.

Se bem que quanto ao homem, poderíamos estar horas a esmiuçar a estupidez dos seus componentes e actos. Por exemplo: mamilos, para que é que os temos? Se os lutadores profissionais são assim tão machos, por que diabos andam obcecados para ganhar um cinto? E quanto a desodorizante no peito? É inútil visto que o peito não produz sudação. Fazia mais sentido colocar Axe nas miudezas ou no próprio rabo.

E relativamente aos choninhas da ciência, uma vez que a vida sexual deles é pouco ou nada preenchida, dedicam-se à visualização de forrobodó animal, aquilo a que eles chamam de recombinação génica (chalupagem).


- Ó Antunes, anda cá ver esta magnífica vaca a ser acasalada por este espécime raro. Eh! Tem um saquinho maior que o teu.

- Mas... é um boi. Deixa-te lá de coisas e arruma o microscópio, as fezes que a 
Cristina me ofereceu de aniversário não eram nada de especial. Terça vingar-me-ei. Vou lhe dar os excrementos da minha ex-namorada, ela até me vai escrutinar o períneo.

Recentemente, um porco e um javali, andaram na dança sem cuecas e originaram descendência. Javaporco foi o nome dado à criatura. Atenção: denotar a criatividade desta gente. Javali mais porco – javaporco, até parece o nome de um filme do canal Syfy. E sim, é feio. Quem sai aos seus não degenera.

Os cromos até criaram armadilhas para o bicho para testar a sua inteligência. O animal no forno era capaz de alimentar um continente inteiro, mas o ponto de vista deles é: «Ai, vamos estudar o QI desta imensurável espécie, quem sabe ela pode ser o futuro da humanidade.»

Na minha opinião, o javaporco é o novo Romeu e Julieta. Mas não se deixem enganar pelo nome, o javaporco é ferocíssimo. Se me permitem a correção, o javaporco é o líder da al-Qaeda animal. A terceira guerra mundial está próxima, meus amigos (se calhar, a relação javali-porco é uma metáfora ao amor incondicional entre Trump e Putin).

A menos que o javaporco seja na verdade um travesti, ou obra de um cientista homossexual. Por falar nisso, fala-se muito sobre homofobia hoje em dia. Sinceramente, eu cá admito que julgo as pessoas pelas suas preferências sexuais. Por exemplo, eu corto amizade com alguém caso ele se deite com a minha namorada.

Acontece que eu neste momento nem me posso dar ao luxo disso. Mas caso tivesse namorada, seria assim que pensaria. É uma questão de surpresas. Se, eventualmente, eu jogar no Euromilhões e mais tarde chegar a casa e descobrir que sou o feliz contemplado, ora aqui está uma surpresa deveras agradável. Mas se eu chegasse a casa e descobrisse que a minha mulher andou no forrobodó com dois americanos, seria igualmente uma enorme surpresa (até porque é anormal a existência de americanos na minha rua), mas como é óbvio, seria também uma surpresa desagradável, e nunca seria amigo daqueles dois saqueadores de vagina.

Já agora, já me disseram: «A tua boca parece simples, mas foi das mais difíceis. A tua língua é ingrata.» Grande elogio, não é? Pois é, mas foi uma dentista que me disse e referia-se ao aparelho dentário…

O cerne da questão é este: Devemos ou não abraçar o flagelo dos forrobodós? No que concerne a orifícios e gretas, é plausível uma plena perfuração liberal? A resposta é sim! Não tenham medo. Perfurem juventude, perfurem. Perfurem primeiro, perguntem depois. A menos que sejam criancinhas. Essas [pestes] passam a vida a perguntar: «Po’quê?!»

Preparem-se agora para uma ideia genial. Na tentativa de originar descendência fértil e novas espécies, realizar um reality show com animais. Tudo ali à molhada, o Charles Darwin ficaria orgulhoso.

Na verdade, foi isso que deu origem ao javaporco, por exemplo. No que concerne ao estado amoroso desta bizarria, basicamente, um porco zangou-se com a sua cara-metade, um javali separou-se do seu querido amor, e ambos acabaram por se encontrar num bar, excederam-se no álcool, desabafaram sobre o mútuo infortúnio amoroso e acabaram na cama.

E tudo isto para fazer inveja ao respectivo marido ou mulher. E faz sentido, porque isto deu-se no Brasil. Ora, no Brasil fala-se português, e a inveja é um sentimento maioritariamente português. Não é por coincidência que a última palavra nos Lusíadas é «inveja». E também não deve ser coincidência a primeira ser «As», mas ainda não encontrei uma justificação clara para isso.

Moral da história: o estado recíproco de amar alguém pode ser gratificante, mas por vezes, quando um homem está de saco cheio, o melhor remédio é ir a Barrosas e doar o conteúdo do escroto. Ou se fores um porco, fia-te na natureza e vai ao Brasil engravidar um javali. Viva a evolução!

Nota: É pena Os Simpsons não terem previsto o javaporco tal como previram o 11 de Setembro, ou a presidência do Donald Trump, ou até mesmo a recente performance da Lady Gaga no Super Bowl (aquela bandalheira onde há trailers e indivíduos à mocada). Os americanos estão a fazer de tudo para despedir a Maria Helena.

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Continuo sem perceber a repudiação por parte dos encarregados de educação. Quando os filhos estudarem Gil Vicente, os paizinhos até vão desenterrar o dramaturgo e leva-lo a tribunal. Enfim, «sanicas de caganeira de caga merdeira. Mija na agulha!»