28.5.17

Juventude ou víveres, eis a questão



Há adultos que conseguem ser mais juvenis do que eu. Notei que uma mãe obrigou o filho a regurgitar arroz pois o rapaz caiu no mesmo erro que eu e começou a comer sem antes fotografar. É pena os meus pais não me darem esse tipo de boa educação

24.5.17

Gosma poética



"Credo, que nariz peludo. Espera lá, isso é muco? Ai, que nojo. Estou todo peganhento. Logo hoje que estava com o meu vestido branco de casamento. Seu porco ranhoso"

21.5.17

Há alegados tipos que alegadamente dizem "tipo"



Quando o entrevistado diz que "a Internet é tipo bué útil", ele quererá dizer que a Internet é muito útil, ou só tipo muito útil, como o queijo tipo Serra ou o fiambre tipo Perna Extra?

17.5.17

Xenofobia numérica



É imperdoável quando um ser vivo altera o volume da rádio de 4 para 7. O 7 é um número primo! Sobem mais um bocado para o 11 e eu sou obrigado a partir para a violência

14.5.17

Golo! Sobral! Já lá mora!



O Salvador Sobral foi o justo vencedor numa semana em que o Papa moveu populações e aumentou a taxa de bolhas nos pés e o Benfica desvalorizou o termo "histórico"

10.5.17

Plêiade de utopias mundanas

Desejo viver num mundo onde a minha cadela não desperdiça o seu curto tempo de vida a cheirar tudo o que vê, e urina e defeca sem que eu tenha de estar a suplicar aos seus intestinos, ao frio, de manhã. Por falar em utopias e na espécie canina, também seria interessante viver num mundo onde este pensamento não passasse pela cabeça de ninguém: "O meu Rottweiler é mesmo feroz. Giro seria passeá-lo sem trela pela rua. Olha, um indivíduo. Não sabia que nesta rua habitavam indivíduos além de mim. Ups! O Bobi avistou o indivíduo. Bobi, anda cá! Bolas! Lá se foi o focinho do indivíduo. Mau Bobi. Cão feio. Esse nariz não é de comer. Larga Bobi. Cão mau".

6.5.17

Idiossincrasias politicamente erradas

Não fossem eles estar mortos, eu seria um grande amigo do Stuart Mill e do Karl Marx. Tenho os seus ideais em grande estima. É pena que hoje em dia, quando se fala em comunismo, quando se fala em esquerda, quando se fala em igualdade, liberdade e felicidade, estes meus dois compinchas se remoam às voltas no caixão. Eles e não só. Os Capitães de Abril nem conseguem dormir sabendo que o 25 de Abril é celebrado todos os anos, e ainda assim, os portugueses têm dificuldade em reconhecer liberdade de expressão (por vezes tendem a confundi-la com falta de educação) e alguns até desejam o retorno do Salazar. É por isso que eu não ando de táxi.