Ah... Nada melhor do que um belo copo de leite achocolatado pela manhã. O presidente do Eurogrupo, Jeron Dijsselbloem, acusou a Europa do Sul de gastar o seu dinheiro “em copos e mulheres”. Pelos vistos, parte da culpa é minha. Se calhar deveria ganhar juizinho e passar a beber leite achocolatado numa caneca, que é por onde as pessoas normais bebem.
Contudo, as professoras de português também têm culpa. Pelo menos as que tive o privilégio de conhecer, todas elas eram fanáticas pelos versos do Fernando Pessoa, o tipo que inventou a célebre frase: "Dá-me vinho que a vida é nada". Ora, obviamente que as professoras lá seguiram o conselho do Pessoa, e a julgar pelo entusiasmo como analisam o Amor De Perdição e Os Maias, vê-se bem que é gente que abusa nos copos.
O Fernando Pessoa, sendo um homem que ansiava por gajas e vinho verde, passou a semana às voltas no caixão. Ao contrário do presidente do Eurogrupo (que é para não dizer o nome completo do jacobino pomposo), que tem cara de quem dá poucos voltas na cama com gajas. Não há razões para ficarem incrédulos. Já bastou aquela figurante no Você Na Tv, ou a jornalista que entrevistou dois idosos que foram a Barcelos passear e, já agora, ver homicídios. Nem eu sabia que o Manuel Luís Goucha encantava tanto as senhoras, nem que pessoas assassinadas eram o novo plano cultural de quem já não vai para novo.
Muito sinceramente, acho que a gente não gastou dinheiro em mulheres. Ou então não gastámos o que devíamos. Concordo com a posição do Ricardo Araújo Pereira (que é das únicas pessoas com quem eu concordo sempre). O que nós andámos a fazer, foi a colocar notas na cueca do Salgado e a dar pouca atenção às cuecas que realmente mereciam uma contemplação exaustiva.
Aliás, Portugal sendo um país pequeno, mas que ainda assim gosta de mostrar todos os dias o porquê de ser o melhor da Europa - a sério, ó Ronaldo, tens de abrandar. Nós somos tão campeões que até chateia, irra! -, pode contemplar chicha à vontade que nunca será o verdadeiro culpado. Se no Japão eles podem organizar um festival da fertilidade, em que a atracção principal é um pénis gigante (2,2 metros de comprimento, equivalente a 600 quilos), nós cá podemos até criar um museu, estilo Madame Tussauds, repleto de figuras de mulheres esbeltas em cera. Em Portugal, o que não faltam são mulheres esbeltas. Quanto a vós não sei, mas eu preferia pagar para contemplar uma escultura da Joana Mortágua do que ver gratuitamente na televisão a Assunção Cristas a discursar no Parlamento. E ficaria ainda mais satisfeito se a pudesse contemplar agarrado a um copinho de leitinho achocolatado e morninho.
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Contudo, as professoras de português também têm culpa. Pelo menos as que tive o privilégio de conhecer, todas elas eram fanáticas pelos versos do Fernando Pessoa, o tipo que inventou a célebre frase: "Dá-me vinho que a vida é nada". Ora, obviamente que as professoras lá seguiram o conselho do Pessoa, e a julgar pelo entusiasmo como analisam o Amor De Perdição e Os Maias, vê-se bem que é gente que abusa nos copos.
Contudo, as professoras de português também têm culpa. Pelo menos as que tive o privilégio de conhecer, todas elas eram fanáticas pelos versos do Fernando Pessoa, o tipo que inventou a célebre frase: "Dá-me vinho que a vida é nada". Ora, obviamente que as professoras lá seguiram o conselho do Pessoa, e a julgar pelo entusiasmo como analisam o Amor De Perdição e Os Maias, vê-se bem que é gente que abusa nos copos.
O Fernando Pessoa, sendo um homem que ansiava por gajas e vinho verde, passou a semana às voltas no caixão. Ao contrário do presidente do Eurogrupo (que é para não dizer o nome completo do jacobino pomposo), que tem cara de quem dá poucos voltas na cama com gajas. Não há razões para ficarem incrédulos. Já bastou aquela figurante no Você Na Tv, ou a jornalista que entrevistou dois idosos que foram a Barcelos passear e, já agora, ver homicídios. Nem eu sabia que o Manuel Luís Goucha encantava tanto as senhoras, nem que pessoas assassinadas eram o novo plano cultural de quem já não vai para novo.
Muito sinceramente, acho que a gente não gastou dinheiro em mulheres. Ou então não gastámos o que devíamos. Concordo com a posição do Ricardo Araújo Pereira (que é das únicas pessoas com quem eu concordo sempre). O que nós andámos a fazer, foi a colocar notas na cueca do Salgado e a dar pouca atenção às cuecas que realmente mereciam uma contemplação exaustiva.
Aliás, Portugal sendo um país pequeno, mas que ainda assim gosta de mostrar todos os dias o porquê de ser o melhor da Europa - a sério, ó Ronaldo, tens de abrandar. Nós somos tão campeões que até chateia, irra! -, pode contemplar chicha à vontade que nunca será o verdadeiro culpado. Se no Japão eles podem organizar um festival da fertilidade, em que a atracção principal é um pénis gigante (2,2 metros de comprimento, equivalente a 600 quilos), nós cá podemos até criar um museu, estilo Madame Tussauds, repleto de figuras de mulheres esbeltas em cera. Em Portugal, o que não faltam são mulheres esbeltas. Quanto a vós não sei, mas eu preferia pagar para contemplar uma escultura da Joana Mortágua do que ver gratuitamente na televisão a Assunção Cristas a discursar no Parlamento. E ficaria ainda mais satisfeito se a pudesse contemplar agarrado a um copinho de leitinho achocolatado e morninho.
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