A escola já recomeçou e eu ainda não recuperei das férias. Tal como deveria de haver férias para planear as férias, também deveria de haver férias para nos prepararmos para o regresso às aulas. Nem acredito que amanhã volto a pisar o inferno. (E não, não me refiro ao estádio da Luz. Se bem que ainda não me decidi qual dos dois estabelecimentos é o pior.) Felizmente, aprendi um novo método de resposta com o Luís Filipe Vieira. Trata-se de não responder às perguntas, mas indicar alguém que responda por nós. É uma técnica infalível e resulta com qualquer pergunta, incluindo as mais básicas: "Como te chamas?" E eu respondo: "Pergunte aos meus pais, eles a princípio devem saber mais que eu".
Para além disso, também aprendi como obrigar o indivíduo que pergunta a responder à sua própria pergunta: "O futebol português está como está graças a um demagogo", diz o presidente do Benfica. "Refere-se a Bruno de Carvalho?", pergunta o jornalista. E é aqui que Luís Filipe Vieira manobra a situação: "Eu só disse 'demagogo', você é que supôs que fosse o presidente do Sporting. Você é que tem de tirar as suas próprias conclusões". Excelente. Filosófico. Não há nada mais belo do que motivar alguém a tirar as suas próprias conclusões. "Parvo! Quem, eu? Sei lá, tu é que sabes se és ou não". O Benfica é realmente um clube muito diversificado ao nível de personalidades. Aposto que o Spielberg escreveu Os Goonies a pensar neste matizado clube lisboeta. O treinador é repetitivo, os jogadores são muito expressivos (nem parece que ensaiaram para as entrevistas rápidas) e o presidente é imprevisível. Jogue bem ou mal, para o Rui Vitória o Benfica domina sempre o jogo. Jogue bem ou mal, o Pizzi repete sempre a expressão "em primeiro plano" três vezes, no mínimo. Jogue bem ou mal, o Luís Filipe Vieira referencia sempre um potencial indivíduo para responder às questões (inclusive às retóricas) que lhe são colocadas, e elogia hipoteticamente. Isto é, hipoteticamente são elogios, mas os jornalistas é que os interpretam como sendo críticas indirectas. Enfim, cada um tira as suas próprias conclusões.
Interessante também são os comentários do Luís Freitas Lobo. Sempre que eu ouço o Luís Freitas Lobo a falar do esférico (deve ser a bola, não sei bem), eu aprendo que no futebol, fintas, remates e golos não existem. No futebol, curiosamente, transita-se. O futebol é um jogo de transições. O futebol é um desporto muito complexo tacticamente. Os jogadores de xadrez são uns meninos ao pé do Luís Freitas Lobo e eu sinto que não tenho competências académicas suficientes para assistir ao Lousada-Macieira, quanto mais a jogos da Champions League. Dizem que em Portugal só se fala de futebol, mas só um português é que tem formação no assunto. Na minha opinião, embora uma frase seja desinteressante, é possível provocar o riso acrescentando a palavra "cocó". Por exemplo: "O leitor cheira mal e esfrega cebola nas axilas, cocó". Vêm? Até a verdade se torna mais divertida. Por isso mesmo, considero pertinente a adopção desta palavra por parte de Luís Freitas Lobo. Os adeptos continuarão a não perceber as transições dos jogadores em campo. Provavelmente, nem os próprios jogadores entendem as suas próprias transições em campo. Contudo, diversão para toda a família é garantida, cocó.
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