16.4.17

Irritações que irritam a Páscoa

Dizem que a Páscoa é uma época do ano que, tal como o Natal, vive da comunhão familiar. Não totalmente. Eu, por exemplo, convivi mais com o meu pai à entrada da Bershka, à espera da minha mãe, do que na Páscoa.  Além disso, em termos de harmonia familiar, tudo bem, mas no que toca à convivência, a minha Páscoa foi arruinada logo pela manhã. Partilho a casa com uma cambada de empata-pacotes. Isto aqui é gente sem escrúpulos. Com a preguiça de deitar um pacote de leite ao lixo (e quem diz leite, diz uma data de outros líquidos), estas imorais criaturas usufruem do pacote e deixam umas míseras gotas de leite para os futuros consumidores.
Teremos então de levar com os restos do empata-pacotes, e ainda teremos de abrir um outro pacote. Já não bastava deixarem uma única bolacha no pacote, também querem desrespeitar o leite? Cambada de energúmenos, pá! Sois todos da mesma corja. Segundo um estudo, os empata-pacotes são a razão pela qual a humanidade vai calçar os patins mais cedo. Eis um exemplo de um leitor muito cheio de si, com uma ideia muito pré-concebida sobre pacotes. Não pactuem com a sua ignorância:

Leitor empata-pacotes: Mais vale deixar umas gotas do que nada.
Eu: Sabes lá, não tens um estudo que comprove essa tua teoria. Eu tenho um estudo.
Leitor empata-pacotes: Espera lá. Esse estudo é teu?
Eu: É!
Leitor empata-pacotes: Pois olha, digo-te já. Esse estudo é parvo e sem fundamento.
Eu: Pff! Há sempre alguém que é contra a ciência e o progresso. Há uns anos atrás foi o Descartes, o Copérnico e o Galileu. Hoje decidiram embirrar comigo. Malditos talibãs!

Além desta besta, entrei em diálogo com um outro indivíduo, o Paulo. Qual o problema deste indivíduo. Acusou-me de falar incorrectamente.

Paulo: Então Marco, tudo bem?
Eu: Não. Morreu um indivíduo na Rússia.
Paulo: E tu conhecia-lo?
Eu: Não.
Paulo: Então porque é que não estás bem?
Eu: Eu estou bem. Mas não está tudo bem. Tu é que efectuas-te mal a pergunta.
Paulo: Peço desculpa. Bom, vou andando. Até logo.
Eu: Olha lá, ó Paulo, tu és um indivíduo? 
Paulo: Sim, eu sempre que me observo ao espelho constato que sou um indivíduo.
Eu: Então sendo assim serás bem-vindo a minha casa, pá.
Paulo: Está bem, depois falamos melhor.
Eu: Falamos melhor? Queres com isso dizer que eu não falo correctamente? Se estás à espera que eu diga, "Paulo, meu caro, terei todo o prazer em receber-te nos meus aposentos para que possamos ver um pasmoso documentário sobre fitoplâncton", bem podes tirar o cavalinho da chuva.

E não é que o Paulo virou costas e desatou a correr. Fiquei eu a fazer figura de parvo perante a vizinhança enquanto gritava: "Morre, porco ocidental!" Caramba, esta gente irrita-me. Isto consegue ser pior do que que ir a Lisboa e pedir um café. Nós dizemos: "Quero um café". E de seguida o empregado pergunta: "Deseja uma bica?" Portanto, o leitor veja como nenhuma palavra do nosso discurso é aproveitada. Pensámos nós que queremos um café, quando na verdade desejamos uma bica. Somos tratados como leigos do café.  Odeio fazer figura de parvo. Que vale ao jantar vou comer leitão. Esperem, as chaves de casa?...

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