28.5.17

Juventude ou víveres, eis a questão



Há adultos que conseguem ser mais juvenis do que eu. Notei que uma mãe obrigou o filho a regurgitar arroz pois o rapaz caiu no mesmo erro que eu e começou a comer sem antes fotografar. É pena os meus pais não me darem esse tipo de boa educação




Ontem, cometi uma vez mais um erro que me impede de ser apelidado de "jovem contemporâneo". Meus caros, estava eu num restaurante quando de repente chega o empregado com a comida e eu, ao contrário do que faria um jovem alto e esbelto de 17 anos, agarrei em duas ferramentas de metal (ou como eu gosto de lhes chamar, talheres) e comecei a comer. Não, eu não fotografei o meu prato. Eu limitei-me a degustar os víveres sem antes fotografar esses mesmos víveres. Tudo a disparar flashes, menos eu. Estraguei um belo festival de pirilampos.

Há adultos que conseguem ser mais juvenis do que eu. Notei que uma mãe obrigou o filho a regurgitar arroz pois o rapaz caiu no mesmo erro que eu e começou a comer sem antes fotografar. É pena os meus pais não me darem esse tipo de boa educação. Que tipo de pessoa serei eu se cometo tais barbáries e ninguém me alerta. Eu merecia uma chinelada no rabo. Eu merecia que os meus pais me dessem o bom exemplo. Mas eles, o leitor prepare-se, também não fotografam os víveres. Comem sem antes fotografar. Uma selvajaria! Os meus pais têm fotos de mim quando era bebé. Hoje em dia, isso é incompreensível. Se pedirem uma foto minha à minha mãe, ela tem inclusive um álbum. Contudo, uma mãe normal responderia à pergunta "Tens fotos do teu filho no infantário?" da seguinte maneira: "Sim, deixa-me só ir aqui à galeria. Ora bem, uma mousse de chocolate, um puré de batata, uma bavaroise de ananás... Eh pá, desculpa, não encontro o puto".

Estou numa maré de azar. Há uns tempo atrás eu também era um exemplo de criança. Isto é, no tempo em que os gaiatos eram celebrados por colocar todo o tipo de objectos no nariz e colocar a cabeça em tudo o que era lugares apertados. Eu era o rei das gretas,  agora não passo de um renegado. Sou tão azarado que até aposto que um dia inventarão uma maneira de evitar a morte e alcançar a imortalidade. Mais precisamente, um dia após o meu falecimento.

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