14.5.17

Golo! Sobral! Já lá mora!



O Salvador Sobral foi o justo vencedor numa semana em que o Papa moveu populações e aumentou a taxa de bolhas nos pés e o Benfica desvalorizou o termo "histórico"

Ficar encantado com o Festival Eurovisão da Canção voltou a fazer sentido, mais do que nunca. E faria ainda mais se fosse relatado pelo João Ricardo Pateiro. O Salvador Sobral foi o justo vencedor numa semana em que o Papa moveu populações e aumentou a taxa de bolhas nos pés e o Benfica desvalorizou o termo "histórico". (Digo eu, portista, que ainda não esqueci o nosso Pentacampeonato Histórico, prefiro festejar nos Aliados e não encontro a chave da arrecadação onde tranquei a minha avó que tem um péssimo gosto a nível desportivo.) Provavelmente, alguém também roubou e/ou assassinou alguém, mas as probabilidades de aparecer na televisão são quase nulas.

Sempre apoiei o Salvador e a Luísa Sobral, tanto pela personalidade como pelo talento. O sentido de humor, a simplicidade, humildade - e muitos outros adjectivos terminados em "ade" - deles cativaram até aqueles que inicialmente não gostavam do tema Amar Pelos Dois. A vitória dos Sobral é a prova de que a boa música portuguesa sobrepõem-se à música fast-food sem conteúdo nem sentimento (o mesmo acontece no cinema e na literatura). A vitória dos Sobral é um marco na história de Portugal e da música. A vitória dos Sobral é tudo. E por pouco seria também a causa da morte do Malato. Ainda bem que não colocaram a Cristina Ferreira a apresentar. Contudo, ainda bem que o Passos Coelho mandou os portugueses emigrar, e assim puderam votar no Salvador. Afinal, o nosso ex-PM não foi mau de todo.

Sempre que ouvia as palavras "Twelve points Portugal" nem aquela nova traquitana - o estonteante Fidget Spinner - me conseguia acalmar. O que até faz sentido, não possuo um. Essa bugiganga de plástico, o filete coiso, não é a solução para o autismo nem problemas de ansiedade. É no mínimo a solução para ocupar espaço numa gaveta juntamente com as velhas pulseiras de elásticos de vários cores e formas catitas e outras bagatelas que, após um curto período de diversão, ainda hoje cumprem magnificamente a sua função de apodrecer num lugar recôndito. Na verdade, sentia que estava mais empolgado que o próprio Salvador. Houve até uma altura em que dava a impressão que ele iria deixar cair o troféu e depois já não o poderia vender no eBay. Houve um momento em que a própria RTP não saberia o que fazer e deu numa de Satanás, por momentos pensei que a situação dos Oscars repetir-se-ia e, por fim, houve uma ocasião em que me lembrei onde estava a chave da arrecadação. Para azar da minha avó, esqueci-me outra vez.

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